Em nosso último episódio da série Seu Porto no Futuro, convidamos uma nômade digital para nos contar os desafios e as maravilhas de viver sem uma residência fixa. Nesta conversa, também falamos sobre conciliar a vida profissional e os momentos de lazer, para aproveitar ao máximo a cidade atual, sem deixar o profissionalismo de lado.
Nossa convidada é Camila Serrat, profissional de comunicação que com a pandemia e o trabalho remoto, viu a possibilidade de explorar a vida na estrada, conhecendo novas culturas e pessoas. Camila já esteve no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Minas e África do Sul. Atualmente vive em Itacaré, na Bahia.
Antes de começarmos a compartilhar as experiências e dicas da Camila, vamos compreender o que é nomadismo digital, entendendo como funciona o trabalho e as possibilidades de viagem para cada tipo de pessoa.
Nômades digitais são profissionais que trabalham online, sem precisar estar de forma presencial em um escritório ou cidade, e que decidem utilizar essa liberdade para viver em diferentes locais, sem residência fixa. Esse estilo de vida promove o contato com novas culturas e pessoas, com um trabalho 100% remoto, e pode ser vivido de diferentes maneiras, definidas pela preferência ou condição de cada pessoa.
Existem nômades digitais que viajam todos os dias nos seus motorhomes, assim como existem pessoas que decidem ficar semanas ou meses em um só local. O estilo de viagem pode ser muito econômico para alguns, como também pode ser mais custoso para outros, a depender das decisões de acomodações, passagens, local escolhido, moeda e outras tantas variáveis.
Após a pandemia, várias empresas implementaram o trabalho remoto como uma possibilidade para os seus colaboradores, o que fez com que o número de nômades digitais aumentasse mundo afora. Camila foi uma das profissionais que enxergou a possibilidade de aproveitar a liberdade que o trabalho remoto proporciona para conhecer novos locais e culturas, estar perto de praias e dos esportes ao ar livre que ela tanto gosta.
Camila nos disse que um dos seus primeiros passos para organizar sua vida de nômade começou ainda na sua residência fixa, Brasília, em 2020. Foi lá que a nômade começou a se organizar financeiramente e fazer uma reserva para evitar despreparo para imprevistos. Ainda trabalhando em um agência de produção de conteúdo, Camila contava com um trabalho fixo, mas com a liberdade do trabalho remoto.
Perguntamos a ela quais são seus critérios para escolher um local para morar e ela nos disse que prefere cidades de praia, que oferecem uma rotina tranquila, com esportes ao ar livre e possibilidade para se manter trabalhando. Camila também prefere permanecer por pelo menos três meses na cidade em que está, o que permite maior organização financeira e que ela consiga se dedicar à vida profissional. Durante a semana, ela trabalha normalmente, aproveitando ao máximo os fins de semana para conhecer os esportes, a cultura e o próprio local.
No final de 2022, nossa convidada decidiu mudar sua vida profissional, buscando mais liberdade para organizar suas agendas e compromissos para viver como nômade. Camila saiu da agência que trabalhava e começou a empreender, atendendo seus clientes e trabalhando ainda de forma integralmente remota. A partir desse momento, estava no controle de todas as decisões da sua vida.
Mas afinal, como escolher a moradia e se organizar para ter uma rotina em um novo local?
Camila escolhe Airbnb e negocia pelo menos um mês com o proprietário, o que garante um desconto no valor final e a garantia de ter um local definido para aquele período. Nossa convidada também sugere a negociação de um pacote mensal para outras atividades que você deseja fazer, como academia ou pilates. Nem sempre, aquela atividade que você está acostumado a ter na sua rotina estará disponível no seu destino, mas Camila sugere praticar os esportes e possibilidades de rotina do local para se aprofundar mais na cultura.
O valor da moradia pode ser utilizado de métrica para saber o custo de vida do local e organizar a distribuição financeira para cada necessidade básica. Nossa convidada disse que existem alguns custos que podem ser “barateados” como a alimentação, hobbies e passeios, mas que o custo da moradia é um ponto muito relevante. Para pessoas que viajam internacionalmente, é necessário considerar o valor da moeda.
Perguntamos como Camila consegue prospectar seus clientes e organizar sua vida profissional neste novo momento que está vivendo. Utilizando o LinkedIn e conhecendo pessoas constantemente, a nômade tem expandido seu networking e prospectando novos clientes. Camila nos disse que é necessário deixar claro sobre o seu trabalho, sobre o que você faz, assim, as pessoas que você conhecer durante as viagens, lembrarão de você ao precisar ou recomendar seu trabalho.
É claro que existirão renúncias no caminho. Mesmo que passar o dia na praia seja uma delícia, os prazos e as demandas precisam ser cumpridos para que a viagem possa continuar. Camila destaca que existem outros desafios em empreender sendo nômade digital, e que é necessário se organizar com as finanças e planejar a carreira. Lembre-se de tomar cuidado para não “seguir o fluxo” sem pensar intencionalmente sobre o que essas decisões acrescentarão na sua vida.
Perguntamos sobre as maravilhas de viver o nomadismo digital e como esse estilo de vida pode contribuir com o mundo. Camila nos disse que, individualmente, o nômade digital é um indivíduo que se propõe a colocar sua própria vida em movimento, experienciar novas formas de viver e desfrutar da sua própria companhia. Em uma viagem sozinho, é possível ir até os lugares que você deseja ir sem esperar que ninguém faça isso com você, o que abre margem para conhecer pessoas muito parecidas que estarão pelo mesmo propósito. O nomadismo permite que as decisões e o protagonismo estejam nas mãos do viajante.
De maneira coletiva, o nomadismo permite que os viajantes tenham um contato mais profundo com o local e entenda sobre os benefícios e dificuldades que existem fora da sua bolha. O contato com diferenças culturais, sem se limitar à perspectiva da sua própria realidade. Camila nos disse que o nomadismo pode fazer diferença no mundo tornando as pessoas mais felizes que, portanto, farão do mundo um lugar melhor.
Esse foi um breve resumo da nossa última conversa da série Seu Porto no Futuro. Acesse o canal do Youtube da Porto e assista o episódio completo. 🙂
Carlos Tavarnaro.
Diretor Tavarnaro Consultoria Imobiliária
O trabalho de branding ficou irretocável, motivou e engajou nossos colaboradores. A leveza da comunicação foi aprovada pelos clientes antigos e os novos passaram a se identificar mais com o nosso posicionamento.
Luciano Döll.
CEO InbixVentures
A metodologia ofertada para criar a identidade da marca com todas as suas perspectivas permitiu que, além da marca, nós mesmos nos identificássemos como negócio. Sabíamos que não havia chance de erro e que se houvessem ajustes seriam de sintonia fina.
Miguel Sanches Neto.
Reitor UEPG
O fundamental para o projeto de branding era unificar as duas marcas que a instituição utilizava e comunicar um modelo mais moderno de administrar. O processo de desenvolvimento foi longo e precisou de amadurecimento, porém a adesão instantânea à ela mostrou que ele foi muito exitoso.