Sempre que falamos de marca aqui, falamos de branding. Isso acontece porque entendemos que marcas que nascem de um projeto de branding são mais coesas, poderosas e transformadoras. Competir em um mercado cada vez mais acirrado, onde tecnologia e qualidade dos produtos e serviços já são considerados commodity, está cada dia mais complexo. Nesse cenário a marca traz essência, propósito e ligação emocional com os consumidores.
Aqui na Porto quando olhamos para uma marca que nasce, ou que se reposiciona, entendemos porque ela surgiu, quais os seus diferenciais, personalidade e como isso interage com os seus públicos de interesse. Em paralelo olhamos para o mercado, entendemos quem são os concorrentes, o que oferecem e como se comunicam com os seus públicos.
Com essa análise entendemos o cenário total, construindo como a essência e propósito fazem a marca ocupar o lugar de potência dela. É importante saber que branding é tradução e não adianta “inventar” um storytelling ou valores que não condizem com a realidade da marca, isso será desconstruído rapidamente. Todos esses itens somados nos trazem uma marca mais forte e com mais capacidade de movimentar pessoas e investimentos.
Historicamente as marcas sempre se preocuparam com os clientes, especificadores, governo, mídia. Mas já faz algum tempo que essa dinâmica mudou, o público interno tem se tornado um importante, ou talvez, um dos mais importantes públicos de interesse das marcas.
O crescimento e entrada no mercado – de consumo e de trabalho – da geração Z nos trouxe alguns desafios como gestores. Uma geração movida pelo propósito tem outros critérios de escolha de marca: Esta marca está alinhada ao que eu valorizo? Ela cuida do planeta e das pessoas? Quando essa geração chega ao mercado de trabalho é preciso cativar esse público para ter a oportunidade de contar com os melhores talentos.
Essa mudança geracional pede um olhar de marca para os colaboradores, para engajar esse público durante a sua jornada ao lado da marca que auxilia a construir. Mas como já falamos branding é tradução, então é preciso ser muito fiel ao que se diz para engajar uma geração que coloca a verdade na frente de tudo. Segundo o LinkedIn, uma marca que investe nos colaboradores tem um custo de contratação 43% menor que marcas que negligenciam essa necessidade.
Hoje os departamentos de branding e de Gente têm trabalhado de forma mais próxima e alinhada para trazer ações de engajamento do público interno e de profissionais do mercado alinhadas à marca. Essa preocupação é importante na atração e retenção de talentos, os melhores profissionais terão o poder de optar por dedicar o seu tempo a marcas que façam a diferença no mundo. Se você quer ter os melhores profissionais ao seu lado será necessário fazer com que admirem sua marca para então se interessarem em participar de um processo seletivo.
Se antes o que importava para os candidatos era uma empresa com bons salários e bons benefícios, hoje é preciso entender a política de acesso aos líderes, diversidade, equidade e inclusão, valorização dos talentos, engajamento, liberdade para home office, propósito e o orgulho que isso tudo vai gerar na equipe que se engaja diariamente na construção daquela marca.
Entenda que o público interno e os talentos a serem angariados são tão, ou mais, importantes que os clientes que compraram daquela marca. Por isso é preciso desenhar as experiências pelas quais esse público irá passar com muita atenção. Quando há um processo seletivo, como esse público é tratado? Há respeito? Como são os feedbacks das etapas e como a empresa se comunica com esse público durante o processo? Caso haja descaso isso estará nas redes sociais em pouco tempo…
Quando pensamos na etapa de onboarding também temos um momento bastante sensível, pois há muita expectativa e ao mesmo tempo muitas incertezas durante o processo. Engajar essa pessoa na marca passa por mostrar como ele pode encontrar o que precisa, designar alguém que auxiliará ele no processo de adaptação e fornecer feedbacks constantes. O clima do ambiente de trabalho também é fundamental para manter o público engajado na marca, trazendo liberdade e colaboração para as decisões, além de proporcionar um ambiente diverso que permite que diferentes pessoas possam colaborar nos processos internos.
Confere aqui como o Nubank recebe seus colaboradores
Ifood também conta com um kit bem completo, e isso é compartilhado naturalmente nas mídias sociais
Recentemente vimos um caso de demissões em massa em algumas startups brasileiras onde colocaram centenas de pessoas em uma reunião por vídeo, com microfones desativados, sem a mínima chance de questionar, perguntar o que houve ou ser ouvido. Sabemos que nem sempre é possível manter uma equipe, mas na hora de demitir o colaborador é preciso se lembrar dos valores que estão escritos na parede do escritório e no site e fazer o que é necessário, de forma humana. Caso isso não seja levado em consideração, também afetará a marca como um todo, principalmente a marca empregadora.
Marca é uma entidade, ela está em tudo: no produto, no atendimento do SAC, na solução de um problema e na forma como lida com os seus colaboradores.
Mas uma marca só tem força quando ela é uma só, se tem coesão para dentro e para fora. Todos os públicos trabalham diariamente como fiscais, atentos a qualquer escorregão da marca, por menor que seja.
Como você exercita a sua “marca empregadora”?
Existem oportunidades de melhoria?
Carlos Tavarnaro.
Diretor Tavarnaro Consultoria Imobiliária
O trabalho de branding ficou irretocável, motivou e engajou nossos colaboradores. A leveza da comunicação foi aprovada pelos clientes antigos e os novos passaram a se identificar mais com o nosso posicionamento.
Luciano Döll.
CEO InbixVentures
A metodologia ofertada para criar a identidade da marca com todas as suas perspectivas permitiu que, além da marca, nós mesmos nos identificássemos como negócio. Sabíamos que não havia chance de erro e que se houvessem ajustes seriam de sintonia fina.
Miguel Sanches Neto.
Reitor UEPG
O fundamental para o projeto de branding era unificar as duas marcas que a instituição utilizava e comunicar um modelo mais moderno de administrar. O processo de desenvolvimento foi longo e precisou de amadurecimento, porém a adesão instantânea à ela mostrou que ele foi muito exitoso.